Cripto
Goldman Sachs amplia investimentos em Bitcoin em 120%, atingindo US$ 2 bilhões
13 de fev. de 2025
A gigante do setor bancário Goldman Sachs aumentou significativamente sua exposição ao Bitcoin ao longo do último trimestre de 2024, elevando seus investimentos na criptomoeda em 120%. Segundo informações divulgadas pelo banco na última terça-feira, 11, os aportes foram feitos por meio de ETFs negociados nos Estados Unidos, totalizando mais de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 12,04 bilhões na cotação atual).
Os dados foram enviados à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), revelando que o banco encerrou 2024 com US$ 1,27 bilhão (R$ 7,38 bilhões) investidos no ETF da BlackRock, um crescimento de 88% em relação ao trimestre anterior. Além disso, os investimentos no ETF de Bitcoin da Fidelity aumentaram para US$ 288 milhões (R$ 1,6 bilhão), representando uma alta de 105%.
O Goldman Sachs também relatou participações menores em outros ETFs de Bitcoin, incluindo os da Grayscale e da Ark Invest. Somados, esses investimentos superaram US$ 2,08 bilhões, consolidando um novo recorde para o banco.
Expansão para ETFs de Ether e mercado de opções
Além do Bitcoin, o Goldman Sachs aumentou sua exposição ao Ether, principal criptomoeda da rede Ethereum. O banco agora possui US$ 476 milhões investidos em ETFs de Ether, um crescimento expressivo em relação aos US$ 25,1 milhões do terceiro trimestre de 2024. Os principais aportes foram direcionados aos ETFs da BlackRock e da Fidelity.
No segmento de derivativos, a instituição também revelou US$ 760 milhões investidos em opções relacionadas aos ETFs de Bitcoin, um instrumento financeiro que permite tanto mitigar riscos quanto potencializar ganhos em períodos de alta volatilidade.
O posicionamento do Goldman Sachs sobre criptomoedas
A contínua ampliação dos investimentos em criptoativos sugere que o Goldman Sachs vê potencial a longo prazo nesse mercado. Em janeiro, David Solomon, CEO do banco, classificou o Bitcoin como um "ativo interessante", destacando o papel da tecnologia blockchain.
Solomon já afirmou em outras ocasiões que o Bitcoin tem potencial para atuar como um ativo de reserva de valor semelhante ao ouro, embora ainda não tenha consolidado completamente esse papel e permaneça um ativo com características especulativas.
Com esses novos investimentos, o Goldman Sachs reforça sua posição entre as instituições financeiras tradicionais que estão cada vez mais incorporando as criptomoedas a seus portfólios.